"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A Casa da Família das Cabeças Decepadas


Há dias Jorge desconfiava que alguém estivesse espreitando a casa durante a noite, e nessa noite ele teve certeza disso, alguém estava dentro do seu quintal. Era perto das duas da madrugada quando acordou assustado com um barulho na janela de suas filhas, correu desesperado pra ver o que era.

Jorge acendeu a luz, suas duas filhas gêmeas estavam são e salvas na cama dormindo. Seu coração ainda estava batendo forte, mesmo assim foi em cada uma dar um outro beijo de boa noite.


Fechou a porta com cuidado pra não acordá-las, caminhou até a cozinha, abriu a geladeira pra tomar um copo de água, assim que pegou a garrafa a deixou cair no chão, Adelaide, sua mulher, soltou um grito alto de pavor no seu quarto.

A porta estava trancada, agora só ouvia sussurros de sua mulher do outro lado. Tenta arrombar a porta em vão, era reforçada justamente para ninguém arrombar. O desespero toma conta dele, precisava de qualquer maneira salvar o seu amor, mas também não podia deixar as suas filhas desprotegidas.

Jorge com a chave tranca elas no quarto, pega uma faca na cozinha, procura seu celular, mas lembra que estava no quarto. Ele sai pra rua até a janela do seu quarto, quebra o vidro, para sua surpresa estava vazio, nem sinal de sua mulher ou do invasor, nem ao menos um sinal de luta.

Destranca a porta do quarto, alguma coisa estava acontecendo com as luzes, nenhuma acendia. Tinha que verificar suas filhas novamente estava temendo muito por elas. Com a faca apontada pra frente tatea pelos corredores até chegar no quarto delas, destranca a porta e para o seu pavor elas também haviam desaparecido.

Jorge surta de angustia, seus pensamentos estavam confusos, o que estava acontecendo? Ele pensou tropeçando nos móveis. Abre a janela da sala e grita por socorro, parou assim que escutou a porta do seu quarto abrindo. Adelaide estava sangrando com uma faca enterrada no pescoço, cai no chão e a faca decepa o seu pescoço fazendo sua cabeça rolar até os pés dele. A luz acende e a cabeça não era nada mais que uma panela, e o corpo não estava mais lá.


Jorge tremia da cabeça aos pés, não sabia mais o que estava acontecendo. As luzes agora piscavam sem parar pela casa toda. Ele via a cabeça de sua mulher e de suas filhas por toda a casa, se atira no chão implorando para que aquilo acabasse. Pega a faca que estava no seu lado e começa a esfaquear o próprio pescoço.


Uma vizinha vendo o movimento estranho aquela hora da noite, sai de sua casa e vai até o portão da família. Ela se segura no muro para não cair, o que viu era muito macabro, fincado na ponta das grades, estava a cabeça de Adelaide e suas duas filhas.


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