"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

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Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Boa Noite - Parte 1 - Escrito por Juliana C. Vieira


A uma semana Giovana não me ligava, a sua última ligação me disse que ficou intimidada com a sua vizinha, sentiu em seu tom de voz que corria perigo, mas mesmo sentindo medo ela foi naquele jantar. Depois disso ela nunca mais me ligou.

- Boa tarde! Eu preciso falar com o delegado.

- Sobre o que se trata?

- Vim prestar queixa do desaparecimento dessa moça aqui.

Mostrei a foto que tinha em meu bolso da Giovanna

- Aguarde um momento.

A secretaria bateu na porta do delegado, não dava para ouvir o que eles dizem, mas pelo vidro percebi que ele não estava muito afim de me atender até que ela mostrou a foto. Ele saiu quase que empurrando a secretaria será que ele sabia de algo?

- Boa tarde, delegado Marques.

- Prazer Mauricio.

- O Sr. Quer prestar queixa de um desaparecimento?

- Sim da minha Ex namorada. Giovanna Lopez, 22 anos.

Percebi seu olhar de desconfiança por cima dos óculos, como se fosse estranho alguém ir procurar a ex namorada.


- Sua ex.

- É estamos separados a 1 ano e meio mais ou menos, mas sempre nos falávamos por telefone até por que sempre fomos bons amigos.

- Sei, entendo! O Sr suspeita de algum motivo do seu desaparecimento?

- Sim, ela se mudou a dois meses para um apartamento afastado da cidade porque era o mais próximo e barato que tinha perto do seu trabalho, o condômino 11 de Maio.

- Sei onde fica, é um prédio antigo moram somente pessoas de uma certa idade ou que herdaram de seus pais os apartamentos.

- Então, ela andava reclamando de uns barulhos na madrugada, as vezes tinha impressão que alguém gritava socorro. E o mais estranho que vinha do apartamento ao lado do dela onde mora uma senhora 85 anos, senhor não acha estranho?



- Estranho é o senhor procurar sua ex! Sr já pensou que ela pode estar lhe evitando? Afinal vocês não estão mais juntos!

- Mas ela não faria isso, sem antes me dar um motivo, não estávamos mais namorando mais sempre fomos bons amigos. E eu desconfio do sindico ela andava assustada com ele, parece que ele estava a observando, á cuidando pelos cantos.

- Ok vou dar uma passada lá e ver se eles sabem de alguma coisa, deixa seu telefone de contato que e ligo para você.

- Obrigado, vou fica no aguardo de alguma novidade.

Eu não podia apenas esperar pela a polícia, eu precisava encontra Giovanna antes que fosse tarde demais.


Mauricio pegou o carro e não pensou duas vezes, se deslocou em disparada ao condomínio, realmente o prédio ficava um tanto afastado da cidade parecia ser lugar tranquilo de morar olhando assim não se notava nada estranho. Foi se aproximando até a portaria se, pois, ao lado da caixa de correspondência de Giovanna notou que tinha algumas cartas ali, quando alguém tocou seu ombro...

- Posso ajudar?

Ao ouvir aquela voz sentiu um calafrio que lhe corroeu a sua alma, pensou rápido em uma desculpa para dar.

- Oi desculpa!  Estou procurando um apartamento para alugar, como não tinha ninguém na recepção fiquei me distraindo olhando ao redor.

- Infelizmente, como o Sr. deve ter notado pelas caixas de correios, todos estão ocupados.

- Todos?

- Sim, todos.



- É que uma conhecida minha está morando aqui e disse poderia haver algum vago.

- Qual o nome dela?

- Giovanna! Ela mora no 306 o Sr. a conhece?

O Sindico ficou nervoso gaguejou ao me responder

- Não, não á conheço, faz pouco tempo que trabalho aqui e como eu lhe disse não há nenhum apartamento vago.

- Será que eu posso subir e falar com essa amiga faz algum tempo que ela não me liga.

- Olha moço eu não posso deixar ninguém subir sem autorização, Sr. teria que entrar em contato com ela.

- Está bem! Eu volto outra hora, tchau.

Maurício deixou o prédio com aquela pulga atrás da orelha sabia o sindico está mentindo, as correspondências nem foram mexidas era preciso investigar mais a fundo o paradeiro de sua amiga, parou o carro na esquina deu uma volta no quarteirão para conhecer a vizinhança, esperou anoitecer e ficou de plantão dentro do carro. As 00:30 um carro encostou na frente do condômino, se abaixou para não se descoberto. O delegado Marcos foi quem desceu do carro.

.... “ Oque o delegado faz aqui a essa hora? ”

Na porta como se já estivesse o aguardando estava o sindico. Os dois se abraçaram como se já se conhecesse á muito tempo, subiram abraçados e rindo, todas as luzes dos apartamentos estavam apagadas, 5 mim depois a luz do apartamento 305 acendeu, ficou acessa por uns longos minutos, quando uma senhora apareceu na janela parecia que ela estava lhe olhando fixamente para o carro Mauricio. Mauricio desviou o olhar e nesse exato segundo viu o sindico se aproximando em sua direção, não podia esperar ele vir até ele ligou o carro e foi embora ele sabia que tinha vacilado naquela mesma hora, mas a pergunta ainda não sai da minha cabeça o que o delegado foi fazer lá àquela hora?


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A Casa da Família das Cabeças Decepadas


Há dias Jorge desconfiava que alguém estivesse espreitando a casa durante a noite, e nessa noite ele teve certeza disso, alguém estava dentro do seu quintal. Era perto das duas da madrugada quando acordou assustado com um barulho na janela de suas filhas, correu desesperado pra ver o que era.

Jorge acendeu a luz, suas duas filhas gêmeas estavam são e salvas na cama dormindo. Seu coração ainda estava batendo forte, mesmo assim foi em cada uma dar um outro beijo de boa noite.


Fechou a porta com cuidado pra não acordá-las, caminhou até a cozinha, abriu a geladeira pra tomar um copo de água, assim que pegou a garrafa a deixou cair no chão, Adelaide, sua mulher, soltou um grito alto de pavor no seu quarto.

A porta estava trancada, agora só ouvia sussurros de sua mulher do outro lado. Tenta arrombar a porta em vão, era reforçada justamente para ninguém arrombar. O desespero toma conta dele, precisava de qualquer maneira salvar o seu amor, mas também não podia deixar as suas filhas desprotegidas.

Jorge com a chave tranca elas no quarto, pega uma faca na cozinha, procura seu celular, mas lembra que estava no quarto. Ele sai pra rua até a janela do seu quarto, quebra o vidro, para sua surpresa estava vazio, nem sinal de sua mulher ou do invasor, nem ao menos um sinal de luta.

Destranca a porta do quarto, alguma coisa estava acontecendo com as luzes, nenhuma acendia. Tinha que verificar suas filhas novamente estava temendo muito por elas. Com a faca apontada pra frente tatea pelos corredores até chegar no quarto delas, destranca a porta e para o seu pavor elas também haviam desaparecido.

Jorge surta de angustia, seus pensamentos estavam confusos, o que estava acontecendo? Ele pensou tropeçando nos móveis. Abre a janela da sala e grita por socorro, parou assim que escutou a porta do seu quarto abrindo. Adelaide estava sangrando com uma faca enterrada no pescoço, cai no chão e a faca decepa o seu pescoço fazendo sua cabeça rolar até os pés dele. A luz acende e a cabeça não era nada mais que uma panela, e o corpo não estava mais lá.


Jorge tremia da cabeça aos pés, não sabia mais o que estava acontecendo. As luzes agora piscavam sem parar pela casa toda. Ele via a cabeça de sua mulher e de suas filhas por toda a casa, se atira no chão implorando para que aquilo acabasse. Pega a faca que estava no seu lado e começa a esfaquear o próprio pescoço.


Uma vizinha vendo o movimento estranho aquela hora da noite, sai de sua casa e vai até o portão da família. Ela se segura no muro para não cair, o que viu era muito macabro, fincado na ponta das grades, estava a cabeça de Adelaide e suas duas filhas.


Visões da Filha do Diabo – Parte 6


O que antes era uma cidade tomada por prédios, casas, carros e pessoas, agora parecia um túmulo de areia. Cobras se arrastavam de um lado para o outro tentando achar uma sombra para aliviar o calor intenso do sol. O céu não era mais totalmente azul, manchas roxas cobriam boa parte dele, como se estivesse se desmanchando aos pouco.

Ao longe alguém se aproximava, poderia ser apenas uma miragem, pois com o calor, olhar pro horizonte deixava a visão distorcida. Andava em zigue-zague como se fosse um bêbado. O chão queimando como brasa a distraiu, quando retornou o olhar o homem já havia desaparecido.


O céu ganha uma luminosidade como um raio em uma noite de tempestade dava, eram duas bolas de fogo que caíram não muito longe dela. A explosão foi tamanha que seu ouvido sangrou, caiu no chão tonta.

As bolas de fogo, agora no chão, eram dois meteoros pequenos que fizeram uma cratera. Do interior delas duas criaturas saíram, pareciam aranhas, mas com apenas duas patas, e tinham rostos humanos que de longe não dava para reconhecer. Ela corre pra longe o mais rápido que conseguiu ignorando toda a dor que estava sentindo no momento, mesmo tonta conseguiu seguir reto e depois de alguns minutos encontrou uma caverna.



Com dificuldades pra respirar sentou no chão, aliviada que finalmente tinha encontrado uma sombra para fugir do sol escaldante. Ela não teve muito tempo para descansar, logo as criaturas chegaram na caverna, não tinha pra onde correr, não existia outra saída.

Fica cara a cara com as criaturas, finalmente pode ver os rostos em meio aqueles pêlos que saiam de todo o canto. No topo do corpo de uma delas o rosto da Madre Tereza sorria para ela, parecia estar ali pendurada desconexa com o corpo, mas ao mesmo tempo estava viva. O outro rosto era do Padre Diomedes.


- Acabou Dorothy! Não adianta mais resistir, seu tempo aqui já se esgotou. – a aranha com a cabeça da Madre falou.

- Nunca! Resistirei até o fim. – ela retrucou.

- HaHaHa! A ignorância humana é lamentável. – a outra aranha falou.

Dorothy tentou fugir, mas foi agarrada por uma delas, que a apertou tão forte que a estava matando. Sua visão foi começando a ficar turva até que tudo ficou preto.


Dorothy desperta, estava novamente no convento, mas agora estava no porão acorrentada, e bem na sua frente um corpo sem vida.


LENDAS URBANAS

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