"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Me Salve Antes do Fim do Mundo - Parte 2





O céu estava lindo naquela tarde, azul e sem nuvens, mas pra mim ele estava cinza e com trovões, porque acabei de saber que o mundo iria acabar, eram 16h e 15min e faltava uma hora para o fim ou 3.600 segundos de vida pra humanidade, 21/12/2012 era a data final, todos os canais anunciavam, mas nenhum deles dizia o motivo, parei por um instante, perdendo preciosos 5 minutos (300 segundos) de vida, pensei em sair correndo e abraçar familiares e amigos e morrer com eles, mas eu tive uma ideia ou apenas um pensamento, eu tinha um grande amigo cientista que poderia me dizer o que estava acontecendo, mas o que eu poderia fazer pra impedir o fim do mundo, eu ainda não sabia mais algo dentro de mim dizia que eu poderia evitar isso.

Corri o mais depressa possível, naquele momento o mundo já estava um caos, todos estavam desesperados e apavorados, peguei um carro que estava abandonado com as chaves dentro e então fui em direção ao seu laboratório no centro da cidade, se algo realmente estava acontecendo ou alguma coisa poderia impedir o fim do mundo esse cara saberia a resposta com certeza.

Parei em um grande engarrafamento, já se passaram 1.500 segundos e o meu tempo estava acabando, pessoas saiam dos seus carros e brigavam no meio da rua, policiais atiravam acertando qualquer um pelo caminho, homens, mulheres e crianças, a cidade havia se tornado um pandemônio, a civilidade havia acabado, era cada um por si naquele momento, uma pequena bomba explodiu a uns 20 metros de mim, fiquei um pouco zonzo mais corri pra longe, abandonei o carro e segui a pé no meio daquele cenário apocalíptico.


Minhas pernas doíam de tanto que eu corri, mas ainda estava longe do meu objetivo, corri ainda mais rápido até que tropecei feio e cai no chão, meu braço que usei pra proteger meu rosto estava quebrado, doía demais até que uma suave mão me ajudou a levantar, era uma linda morena de cabelos cacheados e olhos cor de mel, ela perguntou se eu estava bem, tentando bancar o macho que não sente dor falei que estava doendo pouco, ela pegou uma camisa que estava na sua mochila e fez uma a tipoia pra mim, seu nome assim como seus olhos era Mel, meio nervoso com o lindo sorriso dela disse meu nome completo em um tom formal constrangedor que a fez rir, Eric Douglas Ribeiro, depois que falei notei que fui ridículo e ri também, olhei no relógio e tomei um susto já se passaram 2.700 segundos e o fim estava cada vez mais próximo, expliquei tudo o que eu estava fazendo pra ela e concordou em me ajudar, por sorte ela estava com uma moto, agora eu tinha que manter o foco na minha missão que eu mesmo tinha inventado na minha cabeça, mas algo me dizia que daria certo.

Chegamos no laboratório, mas para meu espanto estava cercado de militares com uniformes pretos e vermelhos, todos estavam com aquelas mascaras de gás parecidas com as dos filmes, não tinha por onde entrar, fomos pelos fundos e encontramos uma pequena janela, foi difícil mais conseguimos entrar. O local estava uma bagunça, tudo estava revirado e jogado no chão, caminhos pelos cantos sem fazer barulho, havia muitas pessoas esquisitas circulando por lá, nos deveríamos ir no laboratório principal que era onde meu amigo trabalhava.

Quando chegamos no local algo muito estranho estava acontecendo por lá, o meu amigo estava acorrentado em uma cadeira e dois homens de jalecos brancos estavam o torturando, mas esses dois homens não eram homens normais, seus rostos estavam deformados e eles pareciam não conseguir caminhar direito, e outra coisa super esquisita chamou minha atenção, um animal estranho estava preso por um cólera, tinha jeito de um cachorro, mas não era um, parecia mais um cão do inferno.

Eles continuavam a torturar meu amigo queriam saber de uma informação que ele sabia, olhei no relógio e faltavam agora apenas 300 segundos pro fim do mundo, agora me esconder já não era importante chamei a atenção dos dois homens estranhos e o cachorro esquisito começou a latir pra mim e pra Mel, os dois homens de rostos deformados me olharam e meu amigo também me olhou e abriu a boca pra me falar algo importante:

-Salve o mundo, Eric, pegue a...

Mas ele silenciou na hora, havia levado um tiro na testa de um dos homens deformados, naquele momento tudo tinha ido por agua abaixo, tudo que eu tinha imaginado acabará, perdi as esperanças de salvar o mundo, caiu uma lágrima dos olhos de Mel, a abracei enquanto vi o cachorro esquisito vir em nossa direção.


domingo, 5 de agosto de 2012

Me Salve Antes do Fim do Mundo



             Eu sou David, estava sozinho em casa quando recebi o telefonema da minha namorada com a notícia que o fim do mundo era real, durante toda a semana boatos sobre isso rolavam pela internet e nos noticiários, mas agora era real e imediato, o fim do mundo seria em apenas uma hora, minha família tinha viajado e eles não atendiam o telefone, minha namorada estava muito assustada e não parava de chorar pelo telefone, tentei acalma-la, mas de longe era difícil. Falei pra ela ficar tranquila talvez o fim fosse apenas um exagero, não escutou essa ultima frase minha, pois começou uma gritaria no outro lado da linha, perguntei o que estava acontecendo, mas não obtive resposta, escuto tiros e mais gritos, antes do telefone ficar mudo a escuto pedir socorro.

              Entrei em desespero, o que estava acontecendo na casa da minha namorada? Decidi ir salva-la, eu tinha menos de uma hora, talvez o mundo acabe mesmo e salva-la não adiantaria nada, mas eu queria um ultimo beijo pra morrer ao seu lado.


              Eu morava no 5º andar do prédio, tive que descer as escadas porque não tinha mais luz e o elevador estava parado, já faltava menos de uma hora para o fim do mundo, quando finalmente cheguei na rua vi uma cena que até agora só tinha visto em filmes, a cidade estava um caos, crianças choravam procurando os seus pais, homens brigando no meio da rua, mulheres peladas se oferecendo, lojas sendo invadidas e saqueadas, casa e carros pegando fogo, e o mais horrível, pessoas cometendo suicídio, se atirando dos prédios, se enforcando entre outras coisas, era um verdadeiro pandemônio, realmente o mundo estava pra acabar.

             Eu não podia fazer nada, estava além das minhas capacidades ajudar aquelas pessoas, além do mais eu tinha que salvar a minha doce Luciana. Do apartamento dela ao meu de carro dava uns 10 minutos e a pé uns 30 minutos, como era impossível ir de carro, pois as ruas estavam bloqueadas por carros tombados e moveis pegando fogo, corri o mais rápido possível, sabendo que agora faltava 40 minutos pro fim do mundo.

           Tive a minha corrida interrompida, avistei de longe um grupo de vândalos, eles estavam pegando as mulheres que passavam por ali e matando os homens, com certeza eles eram presidiários que escaparam da prisão, eu não conseguiria salvar Luciana se eles me encontrassem, mas eu precisava passar por ali, de longe os vi pegarem uma mulher desprevenida, não tive outro pensamento se não tentar salva-la, o líder dos vândalos não usava uma arma, mas sim um facão, dei a volta por trás deles, derrubei um que estava distraído e peguei a sua arma, o líder deles estava se divertindo tanto com a mulher que nem percebeu quando cheguei de mansinho e botei a arma na sua cabeça, eles estavam dentro de uma barraca, tirei o facão dele e mande a mulher fugir, fiz ele se ajoelhar e o amarei pra continuar a minha corrida contra o tempo.


               Faltava agora 25 minutos pro fim do mundo e eu ainda estava na metade do caminho, corri como se o mundo fosse acabar, por ironia ele iria mesmo acabar. As praias, o céu azul, as pessoas, os filmes, os livros, tudo o que eu gostava chegaria ao fim em poucos minutos, mas não era o momento pra desviar a minha atenção em pensamentos nostálgicos, eu precisava focar na Luciana e encontra-la pela ultima vez.

              Agora faltava 5 minutos pro fim do mundo quando finalmente cheguei no apartamento dela, estava muito cansado mesmo assim subi as escadas correndo, cheguei na sua porta que estava entre aberta e entrei, estava sentada no sofá, chamei por ela sorrindo, mas não respondeu, quando cheguei no sofá percebi que ela estava morta, agora faltava 1 minuto pro fim do mundo, a minha dor e tristeza eram tamanha que agradeci pelo fato que o mundo estava acabando, dei um ultimo beijo na sua boca fria e segurei a sua mão sentando no sofá, no lado da minha doce Luciana esperei o fim do mundo.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Eu Sou o Medo

Autor: Cayyan C. Menezes


 Meu corpo estremeceu quando a criatura se encurvou para me encarar, seus olhos pareciam vazios e ao mesmo tempo cheios, vazios de qualquer racionalidade e cheios de trevas, as mais densas trevas. Seu olhar era penetrante, homicida e faminto. A sua face desfigurada se aproximou da minha e sua boca se abriu revelando três fileiras de grandes dentes pontiagudos e o som que se seguiu, o rugido da besta-fera, parecia uma sinfonia de gritos de pavor que fez estremecer até minha alma. Eu saíria correndo, mas meus músculos que já estavam enrijecidos pareceram virar pedra. Pensei que a criatura iria me me comer, mas ela simplesmente fechou a boca e expressou a satisfação de quem degusta o melhor dos sabores, então percebi que ela queria sim se alimentar de mim, mas não me comer. Não, ela não queria que acabasse tão rápido, por ela seria eterno, mas sabia que inevitavelmente me mataria aos poucos.

O monstro rodeou meu corpo contemplando com prazer minha reação de pavor e parou encostando a boca em meu ouvido e sussurrou palavras desconexas, mas que em minha mente tinham sentido claro:

"Na tua pele sou o calafrio, na tua alma a dor da antecipação. 

No teu corpo sou arrepio e a taquicardia do seu coração.

Na tua cama sou a insônia e amargura.

Sou teu companheiro na viela escura.

Sou o carrasco e o açoite. Sou o suadouro incessante.

Sou o fantasma da noite. Sou, no teu ouvido, o susurro gritante,
que a todo tempo te afronta.

Sou a causa e a consequência de tudo que te amedronta.

Minha identidade não é mais segredo, 

Temei! Eu sou o medo."

terça-feira, 10 de julho de 2012

A Gravida do Diabo II - Herdeiro do Mal

 

Anamara estava seminua encima da cama, vestia apenas uma calcinha branca minúscula, os pequenos seios arredondados estavam empinados e durinhos, estava quente pra aquela época do ano, ela não estava suando mas estava molhada nos lugares certos esperando um cara que ela havia conhecido em uma boate no centro da cidade, Anamara não estava acostumada a fazer esse tipo de coisa trazer estranhos pra dentro de sua casa, mas com aquele cara era diferente não a situação mais sim aquele homem maravilhoso, ele não era o homem mais bonito que ela já vira, mas o seu corpo parecia um imã a atraindo pra dentro dele ou melhor ela queria ele desesperadamente dentro dela, o seu olhar a deixava com o corpo mole pronta pro abate.


O homem finalmente sai do banheiro, Anamara já estava se contorcendo de tesão, ele se aproxima dela com uma das mãos toca cada parte do seu corpo e retira a sua calcinha com os dentes e fica com a boca naquela região durante algum tempo, com ambas as mãos toca os seus seios delicadamente levando Anamara ao orgasmo imediatamente, ela nunca tinha sentido tamanho prazer na sua vida, logo em seguida ele a penetra com seu membro rígido fazendo a cama e o quarto tremer.

No final daquele ato de prazer intenso Anamara estava com o corpo feito uma manteiga de tão mole, suas pernas não paravam de tremer, ela tinha chegado a múltiplos orgasmos diversas vezes. O homem levanta da cama se ajoelha de frente a parede e começa a sussurrar frases em uma língua que Anamara não conhecia, parecia latim ou algo parecido, ela já tinha se recuperado da sua moleza, e questiona o homem sobre o que ele estava fazendo, mas ele parecia que estava em transe, Anamara o sacode mais ele nem se mexeu, ela então achando aquilo muito estranho resolve sair e chamar a polícia já que seu telefone estava mudo, mas quando estava se trocando pra sair uma forte fisgada na barriga horrível a faz cair no chão se contorcendo de dor, tinha algo pressionando seu estomago só que por dentro como se algo quisesse sair desesperadamente.

Com o passar dos minutos de dor intensa a barriga começou a crescer como se estivesse grávida, como isso seria possível ela pensou, sua barriga depois de algum tempo já estava do tamanho de uma grávida de 8 meses, foi nesse momento que o homem que estava ajoelhado de frente pra parede se levanta e diz – Já está na hora.

Ele puxa Anamara que estava caída no chão, leva ela pro meio do quarto e abre as suas pernas, com uma faca ele corta seu pulsos e faz Anamara beber o seu sangue, quanto mais ela tomava mais a dor diminuía, ela começou a ter dilatações, o bebê ou criatura iria nascer, ele estava saindo como se rasgasse ela por dentro, o bebê nasce, mas Anamara não aguenta as hemorragias internas e morre em extrema agonia. O bebê aparentemente era normal e bonitinho, mas logo após o seu nascimento deitado no chão frio ele toma o sangue que escorria de sua mãe, abre os olhos e eles eram pretos como a noite, tinha todos os dentes afiados e dois pequenos relevos na testa caminha em volta da sua mãe morta depois de beber quase todo o sangue do corpo dela começa a falar uma língua desconhecida com uma voz de adulto.


O homem apenas observava quase em transe tudo o que o bebê faz, até que ele fala: - Filho faça com sua mãe o mesmo que eu fiz com a minha. Nesse momento o bebê para de falar e andar, todas as feições demoníacas que estavam no seu rosto desaparecem, ele volta a ser um pequeno recém-nascido inocente, ele engatinha ao encontro de seu pai, abre os braços e o abraça, o bebê volta a ter as feições demoníacas e com a mão direita perfura o peito de seu pai arrancando o seu coração, o órgão ainda pulsava no chão quando o bebê se abaixa e começa a comê-lo, o bebê cresce um pouco até se tornar uma criança de pouco mais de 10 anos, se limpa depois veste umas roupas e vai embora.


domingo, 27 de maio de 2012

O Menino que Dançava com o Diabo



Carlos já não aguentava o choro da sua irmã recém nascida, ele estava com medo e assustado, sua mãe estava muito doente prestes a falecer, assim como o seu pai no ano anterior, esta doença misteriosa estava devastando a sua família e nenhum médico sabia o que era ou tinha uma cura. O gado já havia morrido, a plantação tinha secado, de uma prospera fazenda sobrou apenas um terreno baldio cheio de carcaças de animais, Carlos era muito jovem para conseguir um bom emprego e também pra cuidar da sua irmã recém-nascida, sua mãe está piorando cada vez mais, ela queimava feito brasa, gemia e suava, sua dor parecia terrível e sua morte era inevitável perante a situação, sua irmã não parava de chorar, Carlos estava no ápice do desespero, ainda tinha sobrado alguns bons móveis dentro da casa, Carlos então decide coloca-los na caminhonete de seu pai e vender na cidade pra comprar remédios.



Carlos chega na cidade muito assustado nunca tinha ido na cidade sozinho, muito menos dirigindo, na primeira rua que parou foi abordado por três homens que pareciam boas pessoas, mas assim que ele se distraiu roubaram a sua caminhonete com todas as suas coisas.

Desolado e com raiva Carlos vagava pela cidade sem rumo ou proposito até encontrar um mendigo com um cajado que se aproxima dele, o homem mancava e fedia muito.

- Meu filho, tens algum trocado pra esse pobre senhor?

- Nada velho, não tenho nem pra mim.

- O que lhe aflige meu filho.

- Quem é você velho?

- Sou apenas um homem cansado, com fome, me dê essas moedas do seu bolso.

- Claro que não velho, foi à única que me sobrou, não vou dar pra você.

- Quem dá aos pobres recebe em dobro do senhor, aqueles que dividem e não se apegam ao valor material preservam a sua alma no vale da sombra e da morte.

- O que você sabe da minha vida velho.

- Ela morrerá meu jovem, não ande pelo caminho da escuridão, as trevas consumiram a sua alma, Deus escreve certo por linhas tortas.



O velho desaparece como o vento no horizonte, o sino da igreja toca, Carlos decide ir até lá ver se conseguia uma doação ou algo do tipo, seus passos eram lentos e sem animo, ele desejou estar doente no lugar de sua mãe ou morto como seu pai, na última badalada do sino Carlos entra na igreja.

A igreja era grande, Carlos só estava acostumado com a pequena paróquia do seu vilarejo, ele olhava tudo com atenção enquanto procurava alguma coisa pra comer e beber. Um padre se aproxima dela, seu sorriso era uma mistura de malícia e bondade.

- Filho coma e beba alguma coisa, todos são bem vindos na casa do senhor.

- Obrigado, minha mãe está muito doente eu preciso de ajuda.

- Você faria tudo pra ver a sua mãe bem novamente?

- Sim senhor.

- Venha aqui fora meu filho, eu vou ser direto, eu posso salvar a sua mãe, posso cura-la da sua doença, mas tudo tem um preço meu jovem.

- Faça isso, por favor, mas eu não tenho dinheiro.

- Eu não quero dinheiro quero outra coisa sua.

- O que, eu faço o que for.

- Eu quero a sua  alma, vá pra casa tudo vai ficar bem e daqui um ano eu volto pra receber o meu pagamento.


A mãe de Carlos estava recuperada como se nunca tivesse estado doente na vida, passaram os meses e sua mãe estava feliz e não lembrava que esteve doente, Carlos agora se mantinha trancado em seu quarto, sua mãe havia mudado, o ignorava e não cuidava direito da sua irmã, pois todas as noites trazia um homem diferente pra sua cama. Carlos se achou enganado, tentou encontrar o padre novamente sem sucesso, então decidiu se trancar no seu quarto com diversos livros espirituais tentando desfazer o acordo, ele já estava ficando louco, passava dias sem comer, não saia do quarto de maneira nenhuma, mas no último dia do acordo com o padre ele escutou um barulho na sala e foi verificar, encontrou sua mãe bêbada e pra seu desespero sua irmã estava morta no chão e o homem que estava com sua mãe havia fugido, num ataque de insanidade e raiva Carlos golpeia sua mãe na cabeça a matando na hora, Carlos pegou uma corda e tenta se enforcar, mas não conseguiu morrer, o padre aparece na porta e diz calmamente pra Carlos.

- Nem pense nisso sua alma é minha.



segunda-feira, 23 de abril de 2012

3 Dias no Inferno – Parte 4



Fechei e abri meus olhos umas quatros vezes pra ter certeza se o que eu via era realmente real, como isso poderia ser mesmo real, essa pergunta não saia da minha cabeça, suas assas eram brancas como a neve, seu rosto era angelical, era impossível saber se era um rosto feminino ou masculino, eu nem ao menos sabia se anjos tinham sexo, seus olhos transmitiam bondade e amor como eu nunca tinha visto antes, não era um delírio ou algum truque de um demônio eu realmente tinha sido salvo por um anjo.

Rapidamente me recuperei, pois ele transmitiu uma fagulha de sua energia pra mim, logo que recuperado queria saber o que ele estava fazendo ali, queria fazer alguma coisa pra agradecê-lo, mas ele apenas me disse que estava com pressa e que seu nome era Fael, tentei acompanha-lo, mas ele era muito mais rápido que eu, depois de segundos ele desapareceu no horizonte.

 
Tive a esperança que ele pudesse me tirar desse lugar, não tive tempo de pedir então continuei minha jornada sozinho. Encontrei uma estrada asfaltada bem longa por sinal, e como já era de esperar o asfalto era feito de pessoas queimadas, eu já não me assustava mais com essas coisas, tive medo de aos poucos estar me tornando parte daquele lugar, olhei pro “céu” e vi nuvens vermelhas e pretas se formarem pra em seguida começar a chover, eu logo percebi que não era água que caia das nuvens, mas sim ácido, consegui me esconder debaixo de umas pedras, mas algumas pessoas que estavam mais a frente não tiveram a mesma sorte e foram derretidas aos poucos pelo ácido e se juntaram ao asfalto da estrada.

Assim que a chuva parou de vez continuei a caminhar pela estrada, esse era meu melhor plano, aquela estrada tinha que dar em algum lugar, eu perdi a noção do tempo já não sabia mais quanto tempo estava nesse lugar, isso não era importante nesse momento, o importante era sair o mais rápido possível. Depois de caminhar um bom tempo encontrei uma casa velha, escutei alguns gemidos vindos de dentro, espiei pela janela e uma mulher estava amarrada completamente nua, entrei e a desamarei, seu corpo era escultural, rosto delicado e seu cheiro era muito bom, por um momento pensei que fosse outro anjo, mas não era, era apenas uma mulher assustada que estava sendo castigada naquele lugar.


 
Enrolei sobre ela um pano que estava ali perto, cobriu só metade do seu corpo, seus seios farto ficaram de fora, como ela era linda e deliciosa, eu queria transar com ela ali mesmo naquele lugar imundo, depois que ela se insinuou pra mim foi o que aconteceu, foi um sexo bem violento, ela fincava as unhas nas minhas costas e rasgava a pele, me dava tapas e me mordia com cada mordida mais forte que a outra, ela não gemia mais urrava como um animal sendo abatido era muito estranho, mas ela era deliciosa e me deixei levar pelo momento, até que as coisa começaram a fugir do controle, no meio do sexo ela começou um processo de transformação, seu cabelo caiu, na sua testa dois pequenos relevos começaram a ganhar forma, dois buracos ficaram no lugar do seu nariz perfeito, seus dentes ficaram afiados, suas orelhas ficaram pontudas, seu olho agora estava vermelho e um pequeno bigode cresceu, seu corpo permaneceu igual, quando notei a besta horrenda que aquela linda mulher havia se transformado pulei pra longe, só agora tinha notado que ela não podia andar, aquela figura bestial vinha se arrastando até mim implorando por mais, senti nojo de mim mesmo, sem pensar duas vezes  peguei minhas roupas e sai daquele lugar rapidamente.


 
Caminhei por alguns minutos na estrada e já estava muito cansado, parecia que aquela besta tinha tirado toda a minha energia, eu não iria aguentar por muito tempo, mas algo me deu um gás a mais, minha força de vontade me fez continuar, no horizonte avistei um gigantesco castelo negro, maior que tudo que eu já tinha visto na vida, na terra não tinha algo parecido, era assustador e encantador ao mesmo tempo, só podia ser esse, eu tinha certeza que essa era a moradia do capeta, não sei se estou pronto pra encontra-lo, como ele deveria ser, com certeza era uma figura assustadora, me dava calafrios só de pensar.

O fim da minha jornada estava perto, tenho quase certeza que se passaram anos dês que cheguei no inferno, mesmo depois de tanto tempo esse lugar só parecia piorar cada vez mais, , graças ao bom deus eu vou conseguir sair desse lugar. O castelo negro estava no alcance da minha visão, mas alguma coisa estava errada, eu caminhava e caminhava mais nunca me aproximava do castelo, , depois de quase uma hora caminhando eu continuava na mesma distância, não sei explicar como, mas eu nunca conseguia me aproximar do castelo.

Uma sombra passa pelo “céu”, meio que de relance vi a silhueta do anjo que me salvou, houve um tipo de explosão no ar, e a partir daí eu pude ver uma membrana transparente, era isso que estava me impedindo de continuar, sem querer outra vez aquele anjo havia me ajudado, mas o que ele estava fazendo no castelo do diabo, isso já não importava mais pra mim, meu único objetivo no momento era deixar esse lugar pra sempre.


domingo, 8 de abril de 2012

Mil Anjos Mortos - A Primeira Revelação


"Que Deus faça de mim um espelho, pra que eu possa enxergar a verdadeira face de meus inimigos."

Tudo mudou em questão de segundos, o calor, o sol, o dia maravilhoso tinha desaparecido como se nunca tivessem existido, eu sou uma senhora de 70 anos sozinha e doente, minha família me esqueceu nessa casa faz um bom tempo não os culpo, fiz muita coisa errada durante minha vida fui uma mulher dura e fria com todos, mas eu tinha uma família pra comanda, pois meu marido era um frouxo, não o culpo ele tinha bom coração, eu estava tranquila quando o clima mudou e aquela chuva de pessoas caiu do céu, e uma dessas pessoas com asas caiu dentro da minha garagem.

- Quem está ai? – Falei em um tom áspero.

Houve um grande silêncio depois da minha pergunta que procedeu a gemidos de dor da criatura sangrando no chão, ele virou o rosto pra mim, como ele era bonito, seu rosto era puro mesmo banhado em sangue.

- Venha aqui criança, não tenha medo. – Falou o anjo.

Fiquei um pouco confusa, tenho 70 anos e posso ser tudo menos uma criança, cheguei perto dele, ele estava muito machucado suas asas estavam quebradas, mas seu olhar era de uma bondade que me dava uma coisa que não tive em toda minha vida, paz e felicidade.
- Doce criança, vocês são obras tão magnificas.

- Porque me chama de criança? – Ele riu depois que eu falei.

- A espécie de vocês é tão nova criança, que sabe tão pouco, 70 anos pra mim não passam de alguns minutos pela minha existência, tenho milhões de anos de contemplação do universo.

- Então Deus, o paraíso existem mesmo. - Me sentei no seu lado pra escuta mais.

- Ah sim criança, ele é o que vocês chamam de divino, ele é pura bondade, harmonia, talento, lealdade, amor e beleza.

- Eu nunca acreditei nessas coisas, nunca frequentei uma igreja, eu irei pro inferno então?

- Vocês são crianças tolas, entendem tudo errado, ele nunca quis que vocês o venerassem ou mesmo que acreditassem, ele só quer que vocês sejam pessoas boas e que façam o que é certo, mas vocês com a soberba e individualismo distorceram as suas palavras, mesmo assim ele ama vocês acima de tudo.

- Como é o paraíso, como faço pra... – Ele me interrompeu de força abrupta.

- Não temos tempo pra isso, esse paraíso não existe mais, eu não sei direito o que aconteceu, fui atacado pelas costas, mas eu tenho uma missão e você criança foi escolhida pra executa-la, pois minha vida não vai durar muito.

- Como assim, eu não posso, não tenho forças sou uma idosa e estou doente, o que eu posso fazer nesse estado.

O anjo chegou perto de mim e me beijou na testa, uma luz forte tomou conta da garagem e de repente eu estava curada e não só isso, eu estava com meus 20 anos novamente, no auge da minha beleza e força.

- O que eu devo fazer?

- Encontre uma garota, ela se chama Taiane, ela é a chave.

- Como vou acha-la? E como vou saber que é a certa?

-Não se preocupe criança você vai saber.

Ele estava morrendo em meus braços e eu nem sabia o seu nome.

- Meu nome é Angélica e o seu?

- Harahel – Ele disse antes de morrer.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Mil Anjos Mortos



Era um belo dia de sol, o verão estava super quente, hoje eu tenho certeza que estava uns 40° graus ou mais, não havia se quer uma nuvem no céu, o sol brilhava soberano e imponente como se nada pudesse tira-lo de sua posição privilegiada e quem sofria éramos nós meros humanos que quase derretiamos com o calor insuportável. Eu estava feliz finalmente tinha conquistado a mulher dos meus sonhos, depois de passar anos tentando ela finalmente cedeu ao meu amor, estava prestes a ganhar uma promoção no trabalho, tudo estava indo de vento em pompa finalmente.

Eu estava em casa fazendo o almoço pro meu amor, hoje era aniversário dela, consegui uma folga do trabalho pra preparar uma surpresa, fiz uma massa com um molho super delicioso e um vinho pra dar um clima, estava arrumando a mesa quando sinto um tremor, era um terremoto, mas era impossível aqui não tem terremoto, os tremores aumentaram e cessaram de repente, minutos depois minha namorada chegou assustada, minha estande havia caído junto com minha Tv e meus livros, a casa tinha virado uma bagunça e o almoço tinha ido por água a baixo, mas tudo ainda estava perfeito porque a mulher que eu amava estava no meu lado.

Enquanto ainda estávamos arrumando as coisas dentro de casa as coisas ficaram realmente estranhas, a temperatura começou a cair rapidamente de 40 pra 0 grau em um minuto, o céu que estava limpo e ensolarado se encheu de nuvens cinzas e carregadas, o frio parecia que estava dentro dos nossos ossos, raios e mais raios iluminavam o céu agora escuro, não estava chovendo mais a quantidade de raios era impressionante. Depois de um tempo começou a nevar, mas não era neve que caía do céu, eu e minha namorada saímos de casa apesar do frio extremo pra ver, e eram penas extremamente brancas que caiam do céu, que fenômeno seria esse, apesar de muito curioso pra saber eu também estava com certo medo de descobrir.

Estava acontecendo alguma coisa no céu, todos da vizinhança saíram de suas casa pra ver o fenômeno, parecia que explosões estavam acontecendo entre as nuvens, elas mudavam de cor como fogos de artificio quando houve uma explosão ensurdecedora vindo do céu, as penas brancas pararam de cair e se fez silêncio, começou a ventar muito forte e era um vento estranho vindo de cima pra baixo e nesse momento uma coisa muito pesada caiu em cima do carro de minha namorada.

 Era um homem que tinha caído do céu encima do carro, corremos pra socorrê-lo, e descobrimos que não era um homem comum, mas sim um homem com asas, um anjo. Ele me puxou pra perto dele e disse bem baixinho:

 - O céu foi tomado, mil servos do Senhor foram derrubados, Lúcifer está se vingando, as trevas tomaram tudo e todos, não há como escapar e a terra é o próximo objetivo dos filhos da perdição, ache Miguel por favor, ele esta na terra, leve essa espada ele saberá o que fazer.

CONTINUA...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Torturada


Cíntia abre os olhos, a sua visão ainda estava embaçada e sua mente ainda estava meia turva, ela estava de pé, seus braços doíam, pois ela estava acorrentada pelas mãos em uma viga, Cíntia não estava na sua casa, nem no seu quarto com suas coisas, mas sim num lugar horrível. Era um quarto podre, todo escuro, janelas fechadas com madeiras, goteiras no teto que formavam diversas poças d’agua no chão, através desses buracos no teto feixes de luz do sol conseguiam passar, a porta era velha de madeira e estava totalmente fechada.

A portas se abre rispidamente e a claridade toma aquele quarto escuro fazendo Cíntia fechar os olhos, um homem entra e em seguida fecha a porta, ele nota que Cíntia estava acordada, ele para na sua frente e a fixa nos olhos por alguns segundos, Cíntia pede chorando pro homem soltá-la, mas a expressão do homem era de total serenidade como se nada estivesse acontecendo, mas logo essa expressão muda pra um sorriso sinistro e ameaçador, ele dá dois tapas na cara de Cíntia que começa a chorar mais forte, o homem sai novamente do quarto, não demora a voltar e junto trás uma maleta que dentro continha diversas facas e outros objetos.


Quando Cíntia vê o que tinha dentro da maleta começa a entrar em pânico, se contorce toda tentando se soltar das correntes, mas o seu esforço todo era em vão, tudo estava muito bem preso, o homem também trouxe uma mesa onde colocou as facas e os outros objetos em cima dela, varias facas de vários tamanhos e formatos e outros objetos que Cíntia não fazia ideia pra que servia. O homem com a maior calma possível começa a afiar as facas em meio aos gritos de socorro de Cíntia, a medida que o tempo passava e o homem estava quase terminando o trabalho de afiar as facas, Cíntia entrava em desespero, chorava e gritava pedindo pro homem solta-la, mas tudo em vão, parecia que naquele momento ela era invisível pra ele.


O homem termina de afiar as facas e de limpar os outros objetos estranhos, ele saiu do quarto novamente, Cíntia escuta do lado de fora grunhidos de porco e logo o homem trás um porco vivo pra dentro do quarto, põe o animal em cima da mesa e o amarra o deixando imóvel, ele dá dois socos na cara do porco, bem devagar ele se dirige pra Cíntia e faz a mesma coisa, a boca dela começa a sangrar, o homem se volta pro porco novamente, com seu dedo polegar enfia no olho direito do porco até afunda-lo dentro da cabeça, Cíntia já sentia o que a esperava e começa a chorar descontroladamente, mas não adiantou o seu apelo e desespero o homem se aproxima dela e segura a sua cabeça pra ela parar de se mexer e com seu dedo polegar afunda o olho de Cíntia pra dentro de seu rosto.

Ela perdeu a visão do olho além da dor horrível que estava sentindo, o seu sangue escorria pelo seu rosto, agora Cíntia chorava baixinho na esperança que seu tormento havia acabado, mas estava longe disso. O homem volta-se para o porco e com um facão arranca uma pata dele, Cíntia com apenas um olho pra enxergar e o outro embaçado com sangue não conseguia mais ver o que estava acontecendo, o homem caminha lentamente até Cíntia solta uma das suas mãos das correntes e segura seu braço com tanta firmeza que o torce, ele pega o facão e com um só golpe arranca quatro dedos dela, era uma dor insuportável, e não satisfeito com outro golpe ele arranca a mão toda dela, ele enrola o ferimento dela com um pano pra diminuir o sangramento, Cíntia estava quase desmaiada de tanta dor.

Com uma espécie de alicate o homem abre a boca do porco e com um puxão arranca a língua do animal que se debatia na mesa, agora era a vez de Cíntia, o homem segura o rosto de Cíntia que não mais fazia resistência, ele aperta o maxilar dela com muita força quase o quebrando, Cíntia consegue morder os dedos do homem que urra de dor, ele então desfere um soco no nariz dela que a deixa totalmente vulnerável, ele pega seu rosto novamente e coloca o alicate dentro da boca dela, e do mesmo jeito que fez com o porco arranca a língua num puxão só.

Cíntia estava quase inconsciente, ela tinha perdido muito sangue, não enxergava de um olho, estava sem uma das mãos e sem língua, a morte era uma coisa inevitável naquele momento, mas ainda faltava o golpe final. O homem pega a sua maior faca, parecia ser uma faca artesanal, tinha uns 40 cm de comprimento e a bainha de prata, ele afia mais uma vez aquele facão e com uma mistura de prazer e satisfação enfia no estômago do porco deixando suas tripas caírem no chão, alguns segundos de agonia e em seguida o animal morre.

Agora era a vez do golpe final em Cíntia, ele limpa o facão mais uma vez retirando o sangue do porco  e afia de novo, ele chega perto de Cíntia que já não mostrava nenhuma reação, o homem faz um carinho no rosto dela e com a outra mão enfia o facão na boca de seu estômago, ele faz a mesma cara de prazer e satisfação que teve quando mato o porco, Cíntia estava morta.

Após a morte de Cíntia o homem começa a limpar o local e arrumar a bagunça como se nada fora do comum tivesse acontecido ali, depois de tudo limpo e de cortar o corpo de Cíntia em pedaços colocando em um saco plástico, ele vem arrastando pra dentro do quarto uma outra mulher desacordada, essa seria a sua próxima vítima.



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