"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

Minha foto
Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

Postagens populares da semana

Seguidores

sábado, 27 de agosto de 2011

Elizabeth

Esse conto é inspirado na musica chamada “Kim” do rapper Eminem, onde ele assassina a sua esposa.

Como você pôde?
Me largar e amar outro
Oh, o que houve Kim?
Eu tô falando muito alto?
Que pena vagabunda, cê vai me ouvir finalmente
No começo, eu dizia você quer me mandar embora de casa? Está bem!
Mas não pra outro ocupar meu lugar, você tá louca?
Esse sofá, essa TV, essa casa inteira é minha!
Como você pôde deixar ele dormir na nossa cama?
Olhe Kim”



Eminem – Kim





“Maria, eu te amo, quero passar o resto da minha vida contigo, a razão do meu viver, a eternidade é apenas um piscar de olhos na sua presença. Te amo, te amo, te amo e te amo pra todo o sempre”


- Votos de casamento de Lúcios Norman Bates

Lúcios e Maria se conheceram em uma tarde de primavera em um parque perto da casa dela, Maria estava fazendo uma corrida quando torceu o pé:

- Ai! Ai!

 - O que foi, eu posso ajudar? – indagou Lúcios sorrindo.

Maria sempre diz que foi amor à primeira vista, ela tinha 25 anos e ele 30, nos primeiros anos eles pareciam um casal perfeito, apaixonado e feliz, mas no decorrer do tempo Lúcios ficou cada vez mais ciumento e violento, no começo Maria não se incomodava, de casal perfeito se tornaram um casal doentio, as brigas por causa do ciúme de Lúcios ficaram insustentáveis, o casal estava a um passo de se separar. Maria tinha um grande segredo que não contará ao seu marido, ela era infértil e estava fazendo um tratamento de fertilidade escondido, pois Lúcios não iria aceitar que ela era seca, o seu maior desejo era ser pai.

Em um final de tarde lúcios volta pra casa um pouco mais do que de costume, Maria estava tomando banho quando o seu celular toca, ela não escuta e Lúcios lê a mensagem que ela havia recebido:

“Me encontre no mesmo local de sempre, mas cuidado pro seu marido não descobrir” 

Lúcios enlouqueceu com o que havia lido, aquelas palavras foram como se mil martelos batessem na sua cabeça ao mesmo tempo, Maria sai do chuveiro e se veste quando entra na sala é recebida com um soco na cara, ela desmaia na hora.
Já era quase de madrugada quando ela acorda dentro do porta-malas do carro, ela tenta abrir com socos e pontapés em vão. Uma fraca e doce brisa varia a sujeira da rua, Lúcios dirigia o carro em alta velocidade não se importando com a sua mulher no porta-malas. Lúcios para o carro em um parque totalmente cercado por árvores, longe e isolado com uma espessa mata fechada, ele desce do carro e arranca Maria do porta-malas pelo cabelo a atirando no chão.


[Maria] – O que você está fazendo querido?

[Lúcios] – Calada vagabunda, apenas escute o seu marido.

[Maria] – Me solta!

[Lúcios] – Olhe pra mim agora! Porque você foi faze isso comigo? – Lúcios arrasta Maria pelos cabelos até o meio da mata fechada e com um machado na mão.

[Maria] – Solta isso querido, pelo amor de deus!

[Lúcios] – Isso é pra gente fazer uma fogueira pra nos esquenta, aliás, me esquenta, já que tu vai ser a lenha.

[Maria] – NÃO! SOCORRO!

[Lúcios] – Calma meu amor, eu só estou fazendo isso porque te amo, te amo muito, mas tu tem que ser castigada por ser uma vagabunda.

[Maria] – Eu também te amo querido, agora me deixe ir.

[Lúcios] – NÃO! EU JÁ DISSE QUE TU VAI TER QUE SER CASTIGADA, E PARA DE CHORRAR, EU SEMPRE ODIEI ISSO!!

[Maria] – Eu tenho uma coisa muito importante pra te dizer... – Lúcios cala a boca dela com chute.

[Lúcios] – Se lembra da festa de aniversário do seu amado amigo Doug, vocês ficaram se olhando a festa toda, se desejando com os olhos, se lembra Maria?

[Maria] – Não foi bem assim.

[Lúcios] – Se lembra Maria?

[Maria] – Calma.

[Lúcios] – SE LEMBRA MARIA?

[Maria] - SIMMM!!!

[Lúcios] – E vocês sumiram durante uma hora, fiquei parecendo um pateta na frente daquela gente que eu detestava.

[Maria] – Eu explico.

[Lúcios] – Eu sei o que vocês estavam fazendo, como você pode fazer isso comigo, eu te odeio sua vagabunda. – Lúcios chuta Maria várias vezes no chão.

[Maria] – PARA! PELO AMOR DE DEUS! Lembra quando a gente tirava fotos do pôr-do-sol e você dizia que me amaria pra sempre!

[Lúcios] – Mas quem disse que eu não te amo?

[Maria] – Vamos embora daqui então.

[Lúcios] – Nós vamos voltar, só que tu vai voltar em vários pedaços.

Lúcios solta uma risada descontrolada parecia que iria enfartar, vendo uma oportunidade Maria se levanta e corre mata adentro, Lúcios calmamente pega o machado e caminha atrás dela.

[Lúcios] – Relaxa meu amor, eu só quero que tu converse com meu amigo aqui, ele não tem conversa fiada, hahahaha!

 


Maria corre na escuridão, o breu era tamanho que ela se choca de frente em uma árvore, foi o que lúcios precisava pra achá-la, ele acerta uma machadada no ombro dela, mesmo com muita dor ela tenta correr, mas ele a puxa pelos cabelos e a atira contra a árvore, ela bate a cabeça e fica tonta repetindo várias vezes um nome:


[Maria] – Elizabeth! Elizabeth! Elizabeth!

Lúcios soca várias vezes o rosto dela até ela desmaiar, pega o machado e decepa a cabeça de Maria com um só golpe, ele faz o mesmo com o resto dos membros do seu corpo até Maria ficar em pedaços, volta pro carro e pega gasolina e fósforos, queima Maria ali mesmo e observa ela virar carvão, mas antes de ir embora ele nota um pedaço de papel, era um exame de Maria, um teste de gravidez positivo com um recado escrito a caneta:

“Parabéns, o tratamento de fertilização deu certo, agora faltam 8 meses pra pequena Elizabeth nascer.”


domingo, 7 de agosto de 2011

3 Dias no Inferno – Parte 2


Eu corri daquele animal bisonho, o chão era barroso o que dificultou a minha fuga, tropecei em várias pedras pelo caminho, avistei umas pessoas de longe vindo ao meu encontro, elas simplesmente pareciam não me enxergar, ou melhor, pareciam estar em transe como zumbis, era um homem e uma mulher na casa dos 40 anos, pareciam um casal, e duas crianças, um menino e uma menina de aparentemente 9 e 7 anos, pareceu que eles eram os filhos do casal. Gritei, fiz sinal na frente deles, mas eles continuam andando como se eu não existisse, como se nada existisse, quando eles passaram por mim eu percebi  o motivo dessa família estar nesse estado catatônico, nas costas de cada um havia um tipo de parasita gigante, era parecido com uma lula cheio de tentáculos, era nojento e gosmento, estava grudado na carne das costas deles, me deu um nó na garganta quando eu vi os parasitas nas crianças, tentei tirar deles, mas os tentáculos estavam grudados na carne e na espinha deles, enquanto eles se afastavam eu imaginava o que eles fizeram pra merecer isso.


 Minha boca estava seca e minha garganta doía por causa disso, caminhei durante algumas horas, mas a sensação é que eu não tinha saído do lugar, cheguei em um lugar que parecia uma fazenda, enxerguei um pasto onde animais pastavam, tinha na entrada uma placa grande de madeira onde tinha escrito um versículo da bíblia um pouco modificado:

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei deus algum, porque tu estás comigo meu amo; a tua vara e o teu cajado me consolam e me excitam”.

De longe pensei que eram vacas e bois, mas me apavorei quando cheguei perto, os animais tinham realmente corpo de vacas e bois mais as cabeças é que eram de se apavorar, os animais tinham cabeça de gente, bois e vacas com cabeças de pessoas e não era só isso, organizando esse rebanho monstruoso duas pessoas tão bizarras quanto os animais com cabeças de pessoas, uma delas com o corpo de mulher e cabeça de vaca e um homem com cabeça de boi, aquilo filosoficamente falando parecia uma vingança pros animais.

Sai de perto daquele pasto monstruoso antes que alguém me visse, caminhei em direção a uma casa de madeira que se encontrava no lado do pasto, era uma casa de madeira grande e velha com dois andares, na entrada da casa preso a uma corrente um cão sem cabeça, por incrível que pareça a cabeça decepada que estava no lado dele latia pra mim, caminhei até a janela mais próxima pra ver o que tinha dentro da casa, e dentro eu vi uma cena que me fez gelar a espinha e vomitar, uma grande mesa reta na sala com 13 pessoas sentadas apenas de um lado de frente para a janela onde eu estava na hora que vi essa cena lembrei-me da santa ceia de Jesus Cristo, na frente de cada pessoa em cima da mesa se encontrava uma grande tigela, essas pessoas vomitavam as suas tripas e órgãos pra depois comer de volta, no que dava pra ver nos olhos de cada um a dor que eles sentiam era horrorosa, eles ficavam repetindo esse ritual constantemente, vomitando e comendo, era como se uma força superior e maligna estivesse os obrigando a fazer isso. Ajoelhei-me no chão, nunca tinha visto cena tão horrenda, agora eu sabia que estava em um lugar diferente de tudo que existia na terra, eu sabia que tinha entrado no inferno.


Assim que eu me recuperei do susto me afastei daquele sítio dos horrores, minha garganta estava seca a saliva tinha virado pó, o vento tinha parado e o calor diminuído, aos poucos o céu ficou escuro e o ar praticamente congelou, de um calor de quase 60° graus instantaneamente caiu pra -50, o choque térmico foi terrível, até a minha alma gelou, a sensação era de mil facas entrando ao mesmo tempo no meu corpo. 

Caminhei encolhido por quase uma hora até bater de frente com um grande rio, a minha sede era tamanha que bebi a água do rio como se fosse um animal, ajoelhado no chão com a cara na água, bebi até saciar a minha sede foi aí que percebi que a água tinha um gosto estranho e era um pouco pastosa, olhei mais atentamente, pois com a sede que eu estava não percebi que aquele rio não continha água mais sim sangue, era um enorme e fundo rio de sangue, meu primeiro impulso foi de vomitar, a minha sede havia me dominado e me cegado. Quando eu me afastava uma mão do fundo do rio me puxa pra dentro dele, assustado tentei me desvencilhar, mas outras mãos no fundo do rio me puxaram também, elas me levaram para fundo do rio onde eu pude ver que eram cadáveres que me puxavam. Numa luta desesperada para sobreviver dei socos e pontapés nos cadáveres que me puxavam, consegui me desvencilhar deles e sair do rio depois de muito esforço.


O calor havia voltado, me afastei do rio tive quase certeza que o sangue do rio era dos cadáveres que habitavam o fundo do rio. Caminhei até o rio sair de vista, senti uns tremores no chão, parecia um terremoto, pedras do rochedo próximo da onde eu estava caiam conforme os tremores aumentavam, até que eu percebi que não era um terremoto, mas sim criaturas que eu avistei de longe, me escondi quando eles finalmente me alcançaram. 

Na frente da fila estava uma criatura de mais de 3 metros de altura com corpo humano mais cara e asas de morcego, essa criatura puxava uma animal que parecia um elefante gigante, era vermelho e tinha chifres, esse animal grotesco puxava por uma corrente amarrada no seu pescoço umas 30 pessoas, elas estavam com uma cara de sofrimento, parecia que elas sabiam o que as aguardava no final do percurso. No final da fila a ultima acorrentada era uma linda mulher loira, sem deixar que a criatura da frente me ver cheguei perto da mulher, perguntei o seu nome e pra onde eles estavam sendo levados, ela falou que não sabia mais o seu próprio nome e pra onde estavam sendo levados, não tinha mais memoria nenhuma de antes de ser acorrentada, a única coisa que ela sabia é que estavam sendo levados pra encontra o “Chefe” , sem saber pra onde ir, eu resolvi acompanhar eles escondido e encontrar esse “Chefe”.

LENDAS URBANAS

LENDAS URBANAS

Postagens populares

100.000

100.000

Página no Facebook